O satélite CBERS-4A, que terá a missão de monitorar o território brasiliano, com foco na região da Amazônia, foi lançado na madrugada desta sexta-feira (20) em Taiyuan, na China, cidade localizada na província de Shanxi, a respeito de 700 km de intervalo da capital, Pequim.
Desenvolvido por meio de parceria entre o Brasil e a China, o novo satélite substituirá o CBERS-4, posto em trajectória há cinco anos, contribuindo para o monitoramento da vegetação e da cultura, além de possibilitar estudos de hidrologia e do meio envolvente. Ele tem um sistema de alerta sobre queimadas e desmatamento na Amazônia.
Equipado com a Câmera Multiespectral Regular (MUX), a Câmera de Campo Largo (WFI) e a Câmera Multiespectral e Pancromática de Ampla Varredura (WPM), o dispositivo conta com especificações similares às dos principais programas de sensoriamento remoto orbital do mundo, porquê Landsat (Estados Unidos), Copernicus (União Europeia) e Resourcesat (Índia).

Segundo o Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (INPE), o mais novo satélite sino-brasileiro foi programado para dar 14 voltas por dia em torno da Terreno, devendo operar por no mínimo cinco anos, a mesma vida útil da versão anterior do equipamento. Levante é o sexto satélite lançado na parceria do Brasil com a China.
Tardada no lançamento
O prazo de lançamento original do satélite responsável por monitorar a Amazônia era dezembro de 2018, ou seja, ele chegou ao espaço com um ano de demora. A data foi modificada por pretexto da redução dos repasses ao INPE.
A construção do CBERS-4A teve início em 2015, com a participação de um totalidade de 200 cientistas, tanto do INPE quanto da Ateneu Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST). O projeto teve um dispêndio estimado de R$ 190 milhões, sendo metade deste valor bancado pelo governo brasiliano.